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segunda-feira, 8 de junho de 2015

Palestra: "Semana de Meio Ambiente Princesa Isabel - Resíduos, Cultura, Artes, Globalização e Educação Ambiental".

Por Willian Lando Czeikoski

Continuamos debatendo sobre educação, como melhorá-la ou como ela poderia ser melhor. É certo que ela, a educação, juntamente com os que trabalham com ela, têm suas dificuldades e problemas, como em todas as esferas profissionais e públicas. Basta olharmos a política que sofre com a corrupção ou o esporte que passa pelo mesmo infortúnio e como se já não bastasse observamos nossos médicos fraudar cirurgias para ganharem dinheiro em cima de próteses desnecessárias. Mas o que isto tem haver com a educação? Posso dizer que tudo. Pois como dizia Capra tudo está interligado e isso não ia ser diferente com as coisas ruins.
Assim podemos seguir em frente e comentar Maria Cândida Moraes, que em seu livro “Pensamento Eco-Sistêmico” parte da premissa de que os educadores precisam aprender a conspirar a favor de um ambiente educacional mais harmônico. Entretanto, como possibilitar este ambiente mais sensível se há muitas famílias desestruturadas que não compartilham deste mesmo paradigma? Para isso, em seu livro a autora divaga sobre a necessidade de se aprimorar a conexão entre e educação e a vida como um todo, para colaborar com o fortalecimento da consciência para com a natureza e a vida.
Usando destes conceitos, durante a semana de meio ambiente da escola Princesa Isabel, efetuamos eu e a colega de Pibid Mavi Frantz sob a coordenação da Professora Ariane Pegoraro, um ciclo de palestras que intercalava resíduos sólidos urbanos, resíduos eletroeletrônicos, cultura, respeito, educação, globalização, artes e legislação, para realmente tentar fazer este preâmbulo entre escola e a vida cotidiana.
Notamos que as palestras foram bem conduzidas, conseguimos esboçar bem os conceitos e expomos os alunos a três vídeos educacionais e que possibilitavam a reflexão sobre o meio ambiente, foram utilizadas também muitas figuras ilustrativas sobre o efeito da televisão em nossos atos consumistas e poesia para realmente manifestar a inter-relação das diversas áreas com a natureza. As palestras foram mais reflexivas, mas com alguns problemas. Havia alguns alunos que não respeitaram o momento de escutar o que atrapalhou o andamento, bem como o método e linguagem que quando foi exposta a alunos menores não surtiu o efeito esperado.
Sobre tudo, tentou-se de maneira mais interativa abordar fatos do cotidiano destes alunos buscando um pensamento mais holístico das situações ambientais. Para isso foi abordado conceitos simples de globalização embasados em livros de Zygmunt Bauman, um sociólogo que extrapola evidências da situação líquida em que a sociedade atual se debruça, não tendo tempo para manter relações mais duradouras ou parar pra analisar as verdadeiras necessidades.
 Assim, palestras são sempre bem vindas, pois se pode perambular, de forma organizada é claro, em diversas áreas. Entretanto tivemos o intuito de trazer o aluno para a situação consumo através da cultura, abordando que, "quanto mais cultura as pessoas tiverem, menos degradação ambiental se terá" e para isso devemos saber onde procurar está cultura e como utilizá-la. Consequentemente, dentro de todos os assuntos e dentro de todos os tipos de resíduos que nos deparamos diariamente, um se manifesta ainda mais preocupante e desastroso, que é o “Lixo” televisivo, que nos empurra para o consumo desenfreado com propagandas ininterruptas e nos deseduca constantemente.
Eis a guerra cultural, que tem em um lado a escola com seus professores guerreiros e do outro a televisão tendenciosa que quebra com qualquer elo saudável. Conflito este, gerador de um debate permanente. 

Sugestão de livros citados no texto:




Obs.: o ciclo de palestras atingiu todas as turmas da manhã, 6º, 7º, 8º e 9º anos, da escola Princesa Isabel.

Um comentário:

  1. Muito boa e oportuna a reflexão.
    Se não reduzirmos nossas necessidades de consumo não haverá sustentabilidade.

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