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sábado, 27 de janeiro de 2018

Relato de vivência de Luana Boeira



A oportunidade de participar do PIBID surgiu para mim com a escolha de viver experiências focadas na minha área de estudo na faculdade, diferente do que eu vinha fazendo até concluir aproximadamente 50% do curso de graduação em Ciências Biológicas. 

Interagindo com aluna no desenvolvimento de atividade prática
O programa foi a minha primeira possibilidade de interação com alunos da educação básica como docente, o que foi de enorme valia para a posterior execução dos estágios obrigatórios do curso e ainda porta de entrada para um estágio não curricular como monitora de laboratório em uma escola privada. 


Como bolsista de iniciação à docência pude conhecer diferentes contextos escolares que até então não haviam feito parte da minha vida, como formas de atividades dentro de uma escola municipal de ensino fundamental de turno integral e a logística de uma escola estadual grande de ensino fundamental II e médio. 


 Quanto a realização das aulas práticas na área das Ciências da Natureza, pela experiência vivida por mim em ambas as escolas parceiras, acredito que sempre parta da revitalização do laboratório de ciências. Talvez pelo desuso ocasionado pela falta de realização de práticas nas disciplinas pelos professores titulares (LABURÚ et al., 2007), não levando aqui em consideração as causas do ocorrido. 

Na minha percepção a intensa manutenção dos materiais e equipamentos das escolas, faz com que os alunos e até mesmo os professores despertem curiosidade pelo ambiente, o que possibilita a busca por respostas e o desenvolvimento do pensamento crítico. Dessa forma, o papel do PIBID nas escolas parceiras seria ligar o ambiente do laboratório escolar (revitalizando e fazendo a manutenção) com as questões despertadas na escola. 

A partir desse elo, ao longo do programa, surgiram projetos transformadores que consideraram a realidade social e cultural do corpo escolar envolvido. Os mais significativos a meu ver foram os projetos: Um mundo na nossa horta, em que se utilizou do herbário para pesquisa da origem das plantas que haviam na horta da escola; Alimentação saudável a partir da explicação de fotossíntese, que possibilitou uma experiência interdisciplinar para os bolsistas e os alunos; e o Artrópodes, que foi uma atividade de várias etapas produzindo e aprimorando diversas habilidades e competências nos envolvidos. 

O PIBID foi a maior oportunidade de desenvolvimento profissional como professora na minha formação. Agradeço pela chance de participar por dois anos desse programa que com certeza melhorou muito meu currículo e acima de tudo minha qualidade como profissional.  

Referência:
LABURÚ, C. E.; BARROS, M. A.; KANBACH, B. G. A relação com o saber profissional do professor de física e o fracasso da implementação de atividades experimentais no ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, V.12 (3), p. 305-320, 2007.

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