A oportunidade de participar do PIBID surgiu para mim
com a escolha de viver experiências focadas na minha área de estudo na
faculdade, diferente do que eu vinha fazendo até concluir aproximadamente 50%
do curso de graduação em Ciências Biológicas.
Interagindo com aluna no desenvolvimento de atividade prática |
O programa foi a minha primeira
possibilidade de interação com alunos da educação básica como docente, o que
foi de enorme valia para a posterior execução dos estágios obrigatórios do
curso e ainda porta de entrada para um estágio não curricular como monitora de
laboratório em uma escola privada.
Como bolsista de iniciação à docência pude
conhecer diferentes contextos escolares que até então não haviam feito parte da
minha vida, como formas de atividades dentro de uma escola municipal de ensino
fundamental de turno integral e a logística de uma escola estadual grande de
ensino fundamental II e médio.
Quanto a realização das aulas práticas na área
das Ciências da Natureza, pela experiência vivida por mim em ambas as escolas
parceiras, acredito que sempre parta da revitalização do laboratório de
ciências. Talvez pelo desuso ocasionado pela falta de realização de práticas
nas disciplinas pelos professores titulares (LABURÚ et al., 2007), não levando
aqui em consideração as causas do ocorrido.
Na minha percepção a intensa
manutenção dos materiais e equipamentos das escolas, faz com que os alunos e
até mesmo os professores despertem curiosidade pelo ambiente, o que possibilita
a busca por respostas e o desenvolvimento do pensamento crítico. Dessa forma, o
papel do PIBID nas escolas parceiras seria ligar o ambiente do laboratório
escolar (revitalizando e fazendo a manutenção) com as questões despertadas na
escola.
A partir desse elo, ao longo do programa, surgiram projetos
transformadores que consideraram a realidade social e cultural do corpo escolar
envolvido. Os mais significativos a meu ver foram os projetos: Um mundo na
nossa horta, em que se utilizou do herbário para pesquisa da origem das plantas
que haviam na horta da escola; Alimentação saudável a partir da explicação de
fotossíntese, que possibilitou uma experiência interdisciplinar para os
bolsistas e os alunos; e o Artrópodes, que foi uma atividade de várias etapas
produzindo e aprimorando diversas habilidades e competências nos envolvidos.
O
PIBID foi a maior oportunidade de desenvolvimento profissional como professora
na minha formação. Agradeço pela chance de participar por dois anos desse
programa que com certeza melhorou muito meu currículo e acima de tudo minha
qualidade como profissional.
Referência:
LABURÚ, C. E.; BARROS, M. A.; KANBACH, B. G. A
relação com o saber profissional do professor de física e o fracasso da
implementação de atividades experimentais no ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, Porto Alegre, V.12 (3), p.
305-320, 2007.
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