Vive-se um momento muito conturbado em termos políticos no
Brasil, basta parar e analisar qualquer meio midiático ao nosso redor, não
obstante os políticos nos saturam de discursos da importância da educação para
a sociedade, e como esta pode de fato diminuir a violência, abrir a consciência
relacionada às questões ambientais, elevar a tolerância nas pessoas, entre
outras coisas. Mas muitas vezes, me arrisco em dizer, que quase nunca são
cumpridos tais discursos e promessas feitas pelos “nossos” votados. Entretanto,
para suprir essa falta de compromisso de nossos governantes, existem os
encontros, palestras, seminários, atitudes, etc, que ajudam e dão muito
respaldo para que a educação seja melhorada e possa ajudar a melhorar
consequentemente o mundo. Assim, o VII Congresso Internacional de Educação da FAPAS,
se fez importantíssimo para tal melhoria.
O Congresso iniciou de forma muito rica com o Pesquisador,
Professor e Escritor António Nóvoa de Portugal que abordou a inevitabilidade da
mudança da Escola como vimos hoje, expondo que serão necessários mais
professores que atenderão diversos grupos dentro de um mesmo grupo e que o
layout atual com os alunos sentados em fileiras está ultrapassado e será em
breve modificado. Mas o que Nóvoa mais exemplificou foi que “o professor não se
faz sozinho”, ele precisa do aluno e precisa de outros professores para se fazer
pessoa/professor e ressaltou que, por ser professor, neste invólucro de pessoas
(professor/professor/aluno/pessoa) não há o ensino e sim somente o aprender.
António Nóvoa
Já no segundo dia de congresso, o outro palestrante Américo
Peças, também de Portugal, corroborou com as ideias de Nóvoa e exaltou-o dizendo
que além do que ele propunha, o professor “deve atuar nas fronteiras das
disciplinas”, ou seja, no local que estas se encontram com outras disciplinas,
para que haja por certo a troca de conhecimentos entre as disciplinas
envolvidas. Podemos fazer uma analogia relacionando as regiões ecótonas dos
ecossistemas. Estas regiões são os locais com maior biodiversidade devido a
junção de ambos que comportam espécies dos dois ecossistemas, sendo assim as
fronteiras das disciplinas, regiões mais ricas de conhecimento e dinamicidade.
Palestra Marcelo Canellas
E não poderia ser finalizado de melhor forma este congresso, com o experiente
jornalista e correspondente especial do Fantástico Marcelo Canellas, que é de
uma humildade incrível, com a palestra: Jornalismo a Serviço da Vida. Não a palavras
para descrever a emoção da palestra, que tocou o coração de todos com a
experiência que este teve com os seus entrevistados. Abordando a necessidade
urgente de mudança de postura frente aos problemas mundiais como a fome por
exemplo e que esses problemas traspassam pela educação. Sobretudo, o congresso
foi emocional e ricamente envolvente, do qual pudemos refletir sobre os
caminhos da educação. Assim, Mafalda disse: “Se a gente não se apressar e transformar
o mundo, o mundo transformará a gente”.
Willian Lando Czeikoski
With Aline de Godoy e Kétini Baccin
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